Uma investigação do Greenpeace lançada recentemente mostra que, para aumentar os números da reforma agrária, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) se aliou a associações de assentados e madeireiras. O resultado desta união? Foram criados assentamentos no Pará em região de floresta primária onde historicamente nunca houve presença humana e onde condições de sobrevivência são bem complicadas, pois os locais são de difícil acesso e muitas vezes não contam nem com água por perto. Em troca da madeira, as empresas madeireiras se comprometeram em oferecer escola, igreja e saneamento às famílias - essa responsabilidade deveria ser do Incra. Nessa aliança suja, quem sai perdendo são as famílias sem-terra. Quem sai ganhando é o Incra, que beeeeeeeem supostamente atinge metas de reforma agrária e os madeireiros, que eeeeeeenchem o bolso ainda mais. Até agora, a única providência tomada foi o cancelamento de 99 assentamentos irregulares por pedido do Ministério Público Federal em Altamira e Santarém. Ótimo, já é alguma coisa. Enquanto isso, Incra e madeireiros continuam numa boa esperando a pizza chegar. Save the planet!
Um comentário:
Anônimo
disse...
Putz, até aí tem treta? desse jeito fica dificil, eu não imaginava que isto pudesse acontecer. Boa matéria green Karina, grande abraço. Idney Favero
Karina Miotto é jornalista ambiental. Morou 5 anos na Amazônia, é parte da comunidade TED Global, idealizadora e organizadora do TEDxVer-o-Peso. É fluente em inglês e em espanhol, escreve para a revista National Geographic e para os sites Planeta Sustentável e ((o)) eco onde já foi editora e coordenou equipe de repórteres na Panamazônia. Acredita no poder da comunicação para informar e sensibilizar. Não abre mão de um pé na terra e abraça árvores em qualquer lugar sem a menor cerimônia.
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Putz, até aí tem treta? desse jeito fica dificil, eu não imaginava que isto pudesse acontecer. Boa matéria green Karina, grande abraço.
Idney Favero
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