28.1.10

pense no Haiti, reze pelo Haiti...



Quando ouvia o refrão desta música do Gil, não imaginava que um dia ele soaria tão verdadeiro aos meus ouvidos. De todas as coisas que li sobre a tragédia deste país pobre e devastado pelo terremoto, fui encontrar relatos definitivamente humanos justamente na Veja, a revista que tantas vezes me decepcionou por querer ditar verdades. Só que tudo tem dois lados e desta vez ela mostrou verdades através dos olhos e do coração do repórter Diego Escosteguy.

Ele diz: 

"Como num cenário pós-apocalíptico, o Haiti consome-se depois do terremoto. Os fracos se encolhem, os fortes se enfrentam e os mortos alimentam fogueiras humanas. No meio de tudo, cada resgate reacende as esperanças"

"Num gesto que ilustra a formidável capacidade de resistência do ser humano, um grupo de professores e voluntários criou uma escolinha na praça. Eles cuidam de 270 crianças, dando aulas de francês, matemática e ciências, intercaladas com atividades lúdicas de canto e dança. As crianças sentam-se num chão de pedra para participar das atividades. Muitas têm sede e fome - 39 delas são órfãs. Diz Clarénce Johnny, coordenador da escolinha improvisada: "É uma forma de ocupar a cabeça das crianças e tentar fazer com que elas olhem para frente". Eram 17 horas, e ele estava dando aula em jejum".

"As grandes catástrofes têm um aspecto surreal. O que é mais necessário parece óbvio: água, comida, energia, socorro médico. De repente, alguém pensa: dinheiro também, como a sociedade vai se manter sem ele? E lá foram forças da ONU, incluindo militares brasileiros, resgatar os cofres dos bancos - num momento em que ainda se conseguia resgatar sobreviventes"


"O Haiti, como a alma humana, é feito de incertezas. Saí de lá com apenas uma certeza: deixei o Haiti, mas o Haiti nunca me deixará".
Podemos ver o Haiti através de seus olhos.

Se você quiser ler, ver e ouvir o que ele presenciou, vá até o site da revista clicando AQUI.

Para doar qualquer quantia a entidades confiáveis em favor daquele povo, por favor, clique AQUI.

Pense no Haiti, reze pelo Haiti...
Save the planet!

11.1.10

Avatar: metáforas bem reais


Uma nação que vive em harmonia com a natureza é ameaçada por outra, cuja ganância aparentemente ilimitada visa o enriquecimento através da exploração de recursos naturais.

Uma nação não mata por matar, outra acredita que isso é necessário.

Uma tem por princípio a gratidão. Outra, o desejo de dominar.

Uma tem poderes mentais, espirituais e habilidades físicas para a auto-defesa e a arte de guerrear em caso de necessidade. Outra usa a mente para desenvolver tecnologias capazes de dominar, matar, poluir, explorar o que não lhe pertence.

Uma vê a Terra como espaço sagrado, sabe que faz parte da grande teia da vida, que tudo está conectado. Tem consciência de sua importância para garantir a própria sobrevivência. Outra vê o planeta como “coisa” que deve ser explorada de acordo com seus desejos de conforto e de muito dinheiro no cofrinho.

Um homem da nação gananciosa se permite aprender. Abre seu coração, esvazia o copo e diz “ok, nação esquisita, o que você tem pra me ensinar?”. E adquire sabedoria ao enxergar com os olhos do espírito.

Só que neste filme, ao contrário do que vemos na “vida real”, quem vence é a nação que sente, a nação do SER. A nação do TER perde, humilhada. Os mais fortes, neste filme, não são os que têm armas e ganância, mas os que vivem de acordo com princípios elevados.

A esperança enche meu coração: este já é o filme de maior bilheteria na história - tem sido visto diariamente por 45 milhões de pessoas desde a estreia, 42 dias atrás*.

Será que humanidade também quer esvaziar o copo para aprender verdades imperecíveis implícitas em Avatar?

Save the planet!
* Dados atualizados no dia 2 de fevereiro. A esperança enche mais ainda o meu coração.