21.6.07

ele conseguiu o direito de não dissecar animais

Cãozinho clicado por Gustavo Buriola
Róber Freitas Bachinski tem 20 anos, é estudante de biologia do curso da UFRGS e conquistou na justiça, por meio de uma liminar do Juiz Federal Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, da Vara Ambiental de Porto Alegre, o direito de não dissecar animais - algo inétido no Brasil.

“Há métodos substitutivos, gratuitos inclusive, em sites que emprestam vídeos e programas de realidade virtual, mostrando que os alunos adquirem maior conhecimento nessas práticas porque não sofrem a pressão de ver o animal naquele estado”, afirma Róber. O aluno ganhou a liminar com o apoio das ONG's Movimento Gaúcho de Defesa Animal e Instituto Jus Brasil.
De acordo com a liminar, "é um direito do aluno manter-se fiel às suas crenças e convicções, não praticando condutas que violentem sua consciência nem vendo-se privado de suas possibilidades discentes por conta disso (art. 5º-VI e VIII da CF/88)”. Com relação à postura que a universidade deve adotar, definiu que "o professor e a instituição de ensino não podem impor aos alunos uma única visão didática, sem respeitar outras alternativas disponíveis e viáveis, uma vez que isso afronta os valores constitucionais do pluralismo político (art. 1º-V da CF/88), a liberdade do aluno (art. 5º-VI e VIII da CF/88) e a diretriz constitucional de que o ensino deve respeitar o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas (art. 206-III da CF/88)”.

“As pessoas entram no curso por gostarem de animais, por quererem protegê-los e já no primeiro semestre se vêem obrigadas a matá-los ou a fazer vivissecação, abrindo o bicho mesmo ele estando vivo”, diz.

Enquanto muitas universidades não acreditam que podem ensinar de outras maneiras, a justiça determinou que isso deve ser feito, pois é direito do aluno não querer agir contra a própria consciência. De acordo com o estudante, “muitos alunos sentem-se oprimidos ao questionar os métodos tradicionais de ensino e esquecem-se que cientistas são aqueles que procuram soluções criativas para os problemas da sociedade”.

Save the planet!

4.6.07

vai ser poluído assim lá na China!

- > 20 das 30 cidades mais poluídas do mundo estão na China

-> US$ 300 bilhões (12% do PIB) é o prejuízo anual causado pela poluição

-> 30% do território chinês sofre com chuvas ácidas

-> 70% dos lagos são poluídos

-> idem em relação a 5 dos 7 maiores sistemas fluviais do país

-> 700 milhões de chineses (metade da população) consomem água que não corresponde aos padrões mínimos da Organização Mundial da Saúde

-> o céu está cada vez mais acinzentado graças à "mái", misto de fumaça, poeira, gases e elementos químicos. Existe até foto de satélite disso no site da Nasa

-> muitas pessoas andam com máscara de oxigênio nas ruas

-> a poluição da água e do ar fez do câncer uma das principais causas de morte no país

-> guias turísticos recomendam que visitantes evitem consumir gelo por causa da poluição da água

-> as Olimpíadas do ano que vem serão em Pequim. Dá pra encarar???
Save the planet!

mera coincidência?


Palavras de Davi Kopenawa, líder yanomami conhecido internacionalmente:

"O branco dá dinheiro para índio, aí ele vai começar a comprar panela, rede, calção e outras coisas, e aí acaba o dinheiro. A nossa terra yanomami, não tem dinheiro que pague. Falam que a gente vai ficar rico com a mineração, que vão dar dinheirinho para os índios, essa é a opinião deles. Minha opinião é diferente. Porque eu sou filho de lá, eu sou filho da Amazônia. Eu nunca vi a mineração trazer coisas boas, eu nunca vi os índios passando bem com a mineração, sem problemas, com muito dinheiro. Nunca vi. É por isso que não quero o governo brasileiro mexendo com nossa terra yanomami demarcada. Se eu não defender nossa floresta, como ficaremos? Sofreremos, passaremos fome, teremos epidemias.

Quando ficarmos doentes, quem nos ajudará? Será que eles vão nos ajudar quando começarmos a passar mal, passar fome? Será que eles vão dar uma tonelada de comida para índio que foi destruído? Eles não vão não. Eu sou um Yanomami que não aceita. Dinheiro é bom para vocês, sem dinheirinho na cidade vocês não passam bem. Vocês ficam preocupados, pensando, trabalhando, correndo daqui para lá, quem paga a luz, a casa. Vocês ficam vendo notícias que saem na televisão, o mundo está sendo destruído, povos morrendo. Será que os donos de mineradoras não estão enxergando isso?

Então se quiserem fazer isso lá no coração da terra yanomami, trabalhar com máquinas grandes, levar mais doenças, gripe, malária, tuberculose, levar bebida, isso não vai dar certo. Nós, Yanomami, que preservamos a natureza há muitos anos, não queremos. Nós queremos que nossa terra seja respeitada porque a natureza está nos sustentando há muitos anos. Nós vamos morrer de fome quando a mineração entrar na terra yanomami. Aí sim, nós vamos morrer".

Qualquer semelhança entre as palavras ditas há mais de 200 anos pelo nativo norte-americano - que você já leu no post aí de baixo - e as proferidas há dias por Davi à Comissão Pró-Yanomami não é, definitivamente, mera coincidência.
Save the planet!