20.11.09

eu quero


Quero praia, sal grosso, mar, maresia, vento na cara, céu estrelado, cachoeira, pé na terra
Quero paz, silêncio, água, pássaros cantando, céu azul, ilhabela
Quero amigos, carinho, árvore, minha amiga redwood, sua caverna
Quero quietude, harmonia, estrela cadente, sol no corpo e na alma, natureza eterna
Quero energia, doar amor, integrar, superar, olhar de cima, observar
Perdoar
Água, terra, fogo e ar
Verdade, amizade, união
Urso, Lobo, Gavião
Águia, bem-te-vi, corvo
Coração
Xamanismo, espiritismo, hinduísmo, espiritualismo cristão
Sequóia, Castanheira, Eucalipto, Ipê, Jacarandá
Alemanha, Rússia, Índia, Austrália 
Estados Unidos, Arábia Saudita, Brasil, Canadá
Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará
Jesus Cristo, Buda, Moisés, Krishna, Jeová
Deus do céu de todas as cores, de todas as nações, de tudo o que existe:
Imagine quando vivermos cada segundo de nossas vidas imersos na profunda verdade...
Somos UM.


Save the planet!

16.11.09

obviedades de encontros sobre mudanças climáticas

Desculpa, tenho uma notícia ruim, óbvia e possivelmente semi-catastrófica.
De acordo com Claudio Angelo em um artigo publicado hoje (16/11) na Folha de São Paulo, "os americanos têm uma palavra bem sonora para definir fiasco: 'flop'. E Copenhague 'flopou'. O premiê dinamarquês Lars Rasmussen jogou a toalha e admitiu que o novo acordo do clima não será firmado no reino da Dinamarca. Aos olhos do mundo, parecerá injusto que picuinhas internas americanas coloquem em risco o futuro de boa parte da humanidade. Mas os EUA são apenas a Geni do processo. Os europeus estão divididos, sem liderança e pressionados pelas próprias picuinhas internas -a resistência dos países mais pobres do Leste, por exemplo. Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia também não querem compromisso, mas se escondem atrás dos EUA. Com um clima desses, é melhor mesmo suspender a reunião e reconvocá-la depois. Resta saber se o planeta pode esperar -e sem garantia de sucesso".
Enquanto diminuição de emissão de carbono for vista como uma barreira diretamente proporcional ao desenvolvimento econômico, não haverá acordo nenhum.
Estamos perdidos?
Save the planet!

11.11.09

viva o apagão


Preciso dizer que adorei o apagão.
Que foi incrível ver tudo escuro na cidade.
Até ontem eu não tinha idéia do quanto a eletricidade provocava sons: televisores, rádios, computadores, música, gente falando...
Como foi bom ouvir o silêncio. Dirigir sobre a ponte que leva à minha casa dando aquela espiadinha para o lado e só enxergar a escuridão.
Cheguei atenta: tinha a triste certeza de que gente que ainda não compreendeu a importância de cultivarmos a solidariedade provavelmente atacaria os indefesos ou distraídos - e foi o que ocorreu. Fico me peguntando qual será a reação do bicho homem quando ele tiver que se virar de novo sem o conforto de luz, água quente, microondas, músicas...
Quando estacionei na garagem, fiz questão de não acender as luzes do celular para encontrar a chave e abrir a porta: sinto necessidade de treinar minha vista para enxergar no breu. Subi as escadas, cheguei ao meu quarto, abri a janela. Respirei fundo com contentamento. Diante da falta de eletricidade, a enlouquecida São Paulo adquiriu o silêncio e a aparente calmaria de uma cidadezinha de interior. Tomei banho gelado. Estava tão divertido.
Antes de cair na cama, olhei de novo pela janela (não quis fechá-la). Um sorriso de contentamento escapou do meu rosto quando percebi, pela primeira vez nas redondezas, um vaga-lume. Foi tão bom vê-lo se destacar entre o preto da paisagem. A vida é simples e tão bonita. Respirei fundo. Deitei feliz.
Save the planet!