
E mais de um século depois, entre 2003 e 2006, a Amazônia registra 85% do trabalho escravo existente no país, sem contar os casos que nem foram catalogados. E escravidão não significa apenas a não-liberdade, mas a morte gradual, aos poucos, torturante, humilhante. Patrões impiedosos e com ganância até o talo iludem pessoas de diversas regiões do país com a promessa de trabalho e boa remuneração na Amazônia. Providenciam a chegada até suas fazendas e a verdade aparece.

Falando nisso, o Ministério do Trabalho e Emprego informou, na sexta-feira, que as operações de fiscalização de denúncia de trabalho escravo foram interrompidas por tempo indeterminado. Clicando aqui, você lê a matéria completa. Que palhaçada é essa?
Deveríamos rever nossos conceitos sobre a palavra DESENVOLVIMENTO.
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Já que falamos em indígenas, uma última novidade: semana passada, Avelino Nunes Macedo, um índio de 25 anos da aldeia Xacriabá, de Miravânia (MG), foi espancado até a morte por três moleques embriagados de classe média, dois deles menores de idade, apenas porque esbarrou em um deles dentro de uma festa.
A justiça promete apurar os fatos. Vale lembrar que, em 20 de abril de 97, um indígena Pataxó foi queimado vivo por cinco filhinhos de papai em Brasília e que, em 2004, a justiça - ela de novo! -concedeu ao bando a tão requerida liberdade condicional.
Eles não são considerados, portanto, uma ameaça à sociedade! Espero que o mesmo não aconteça com os assassinos de Avelino.
Brasil, Brasil...
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Save the planet!