12.1.11

Duas notícias pra gente parar e pensar


1.
"Os níveis crescentes nas medições de poluição devem ser encarados como sinal de alerta. Em São Paulo, o recrudescimento tem como causa principal o aumento da frota de veículos e um padrão de mobilidade que privilegia o transporte individual motorizado. Por isso, a solução deve extrapolar a esfera ambiental. Discutir qualidade do ar é discutir transporte motorizado. A principal solução é quase óbvia: investimento em transporte coletivo e no não motorizado. Mecanismos de combate à poluição devem ser criados também dentro das políticas de uso e ocupação do solo. Ações que contribuam para um conhecimento mais acurado do nexo causal entre qualidade do ar e fontes de poluição, como inventários das fontes de poluição, são necessárias para definir estratégias. Uma solução duradoura passa por políticas públicas integradas", análise de André Luis Ferreira - OESP, 10/1, Metrópole, p.C3.

Quem mora em Sampa anda de carro porque o transporte público é deficitário ou o transporte público é deficitário porque quem mora em Sampa anda de carro?
Vale dizer que toda vez que venho pra cá (moro em Belém) não preciso de mais do que 48 horas para ter sintomas de rinite alérgica.

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2.
Vermelho e verde
"O governo Dilma deve evitar o erro de considerar que a queda do desmatamento nos últimos anos torna o assunto resolvido. Como se sabe, a área ambiental nunca foi o forte da presidente. Mesmo com a queda na taxa anual de perda de florestas, os riscos continuam e ficam cada vez mais complexos. Até a Mata Atlântica tem perdido cobertura apesar de só restarem fragmentos. Se não entender tudo isso, e ficar dormindo sobre os números de queda, o novo governo pode enfrentar um aumento do ritmo de desmatamento. Paulo Barreto, do Imazon, acha que a maior derrota para a Amazônia é o governo insistir em certos projetos: - Alguns são desastrosos, como o asfaltamento da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus, outros são duvidosos, como Belo Monte. Isso mostra que o governo não teve e não tem um projeto coerente e inovador para a região", artigo de Míriam Leitão - O Globo, 26/12, Economia, p.24.

Depois desta chamada da Leitão, não preciso dizer mais nada. Ok, vou dizer: que a senhora Rousseff não se acomode e que não pinte apenas um lado da cara de verde.

Save the planet!

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