Nos dias 14 e 15 de outubro o seminário "Conexões Sustentáves: São Paulo <-> Amazônia", que aconteceu na capital paulistana, abordou diversos temas relativos à Amazônia por meio de palestrantes para lá de interessantes e extremamente comprometidos com a preservação da região e com os povos da floresta.
Vi por lá Adalberto Veríssimo, do Imazon; Adriana Ramos, do ISA; Rubens Gomes, do GTA; Magnólio de Oliveira, do projeto Saúde e Alegria; Andé Muggiati e Adriana Imparato, do Greenpeace. Todos eles - e outras pessoas também - deram excelentes palestras sobre a região Amazônica.
O objetivo do seminário, organizado pelo Movimento Nossa São Paulo e pelo Fórum Amazônia Sustentável, foi colocar em pauta a responsabilidade de cada cidadão, especilmente os paulistanos, na destruição que vem ocorrendo na Amazônia. A cidade de São Paulo é hoje o maior e mais importante centro consumidor, processador e distribuidor de produtos oriundos da floresta.
Ao contrário do que muita gente pensa, foi explicado que grande parte da madeira da floresta não é exportada, mas consumida dentro do próprio país, em regiões do sul e sudeste, com destaque especial à cidade de São Paulo.
A força que pode mudar a direção da exploração incontrolada e irresponsável da floresta está, também, nas mãos dos consumidores. Como disseram por lá, hábito de consumo é uma atitude política. Vamos pedir certificação da madeira que consumimos. Vamos pedir ao açougue e ao supermercado que garantam a origem da carne vendida, assegurando de ela não veio de pastos onde antes havia floresta amazônica. Vamos atrás da soja que chega até nós e pedir a mesma informação a produtores. É nosso direito e nosso dever. Na dúvida, melhor não consumir.
Sabe por que?
Porque somos nós os financiadores indiretos mais poderosos do mundo na destruição da maior floresta do nosso planeta: se diminuirmos o consumo, diminuirá a produção e diminuirá a destruição.
POLÍTICA
O ministro Minc apareceu, apoiou a iniciativa e disse que os maiores desmatadores serão punidos, que as hidrelétricas do rio Madeira só serão construídas se estiverem 100% de acordo com relatórios ambientais e sociais (já não está, mas parece que o governo não desiste da megalomania), que o dinheiro doado pela Noruega para o Fundo Amazônia será usado com transparência e bla blá blá.
Os candidatos à prefeitura de São Paulo Kassab e Suplicy, não compareceram pessoalmente para assinar um pacto em que se comprometeriam a fiscalizar produtos vindos da Amazônia e a não consumir nada de origem ilegal ou duvidosa. Mandaram seus representantes.
Os candidatos à prefeitura de São Paulo Kassab e Suplicy, não compareceram pessoalmente para assinar um pacto em que se comprometeriam a fiscalizar produtos vindos da Amazônia e a não consumir nada de origem ilegal ou duvidosa. Mandaram seus representantes.
Marina Silva também deu o ar de sua graça e afirmou: "se tivéssemos feito esta reunião 150 anos atrás, talvez poderíamos ter evitado a destruição da Mata Atlântica, que hoje só resta 7%. Isso nos coloca na posição que realmente podemos fazer algo pela Amazônia".
E, por fim, parabenizei pessoalmente André Baniwa, vice-prefeito eleito de São Gabriel da Cachoeira (AM). "Tenho certeza que os povos indígenas, com seus conhecimentos tradicionais, podem ajudar a criar uma relação sustentável entre a sociedade e a Amazônia".
EMPRESAS
Wal-Mart, Grupo Pão de Açucar e outras empresas se comprometeram a participar do pacto pela compra de produtos legais vindos da floresta.
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Valeu pela quantidade de informações que recebemos.
Valeu pelas pessoas incrivelmente engajadas.
Valeu pelas iniciativas e comprometimentos. Ainda que os atuais candidatos não tenham comparecido para assinar o pacto, seus representantes o fizeram.
Ongs e sociedade civil ficarão de olho.
Save the planet!
Um comentário:
bom dia
tenho um blog e tambem publico várias reportagens e assuntos da nossa natureza.
temos de ajudar e informar a população.
Parabens!
http://projetovivervida.blogspot.com
linkei seu blog no meu
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