16.4.10

Campanha declarada pelo fim da ditatura lulista no Brasil

Manchetes socioambientais, do ISA, sobre a estúpida construção da hidrelétrica de Belo Monte.
Como tenho afirmado em meu twitter (karinamiotto)...
LULA: OUT!
O único e verdadeiro interesse de Lula na criação desta hidrelétrica cujas consequências são comprovadamente catastróficas é continuar no poder através da eleição de Dilma.
Portanto, LULA: FORA!
Campanha declarada pelo fim da ditatura lulista no Brasil.
Seguem as notícias.

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UHE Belo Monte


Justiça suspende leilão de Belo Monte


O juiz da Vara Federal de Altamira, Antonio Carlos Almeida Campelo, determinou ontem a suspensão da licença prévia da Hidrelétrica de Belo Monte e também o cancelamento do leilão, marcado para terça-feira, 20 de abril, para escolher as empresas responsáveis pela obra. A Advocacia-Geral da União (AGU) já informou que vai recorrer da decisão. Segundo Campelo, que concedeu liminar em antecipação de tutela em duas ações civis públicas impetradas por seis procuradores da República no Pará, "há perigo de dano irreparável" na licitação. No despacho, o juiz diz ter sido provado, de forma inequívoca, que a obra "explorará potencial de energia hidráulica em áreas ocupadas por indígenas que serão diretamente afetadas pela construção do projeto" - OESP, 15/4, Economia, p.B1; FSP, 15/4, Dinheiro, p.B5; O Globo, 15/4, Economia, p.29.

BNDES vai financiar 70% de Belo Monte


O BNDES deve financiar diretamente 70% da Hidrelétrica de Belo Monte, orçada pelo governo em R$ 19 bilhões. O banco assumirá o risco por R$ 13,5 bilhões do investimento, o limite máximo permitido para empréstimo a um único projeto, de acordo com seu atual patrimônio de referência. O BNDES marcou para hoje a divulgação das condições do financiamento do projeto. O maior diferencial será uma linha inédita para a aquisição dos equipamentos pesados, que representam um custo entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões, de acordo com cálculos do banco. A aquisição dos bens de capital será feita com taxas do Programa de Sustentação do Investimento que reduz os juros à metade. O prazo de pagamento foi fixado entre 25 e 30 anos, três vezes mais do que o período máximo já delimitado pelo banco até hoje (dez anos) - OESP, 15/4, Economia, p.B3.

Leilão terá dois consórcios, diz Eletrobrás


O governo garantiu ontem a participação de dois consórcios no leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Para assegurar a disputa, o Palácio do Planalto teve de acionar os fundos de pensão das estatais e incluir, em cada um dos grupos, empresas do sistema Eletrobrás. Segundo Valter Cardeal, diretor da Eletrobrás, os nomes dos integrantes dos consórcios só poderão ser divulgados depois que for cassada, como espera o governo, a liminar emitida ontem suspendendo o leilão. Cardeal confirmou que os fundos de pensão estarão presentes nos consórcios, que contarão também com a participação de grandes construtoras e autoprodutores de energia, além das subsidiárias do grupo estatal. Até ontem, só o consórcio liderado pela Andrade Gutierrez havia sido constituído - OESP, 15/4, Economia, p.B3; FSP, 15/4, Dinheiro, p.B5.

Lula critica ONGs internacionais que vêm dar palpites


O presidente Lula saiu em defesa ontem da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e criticou ONGs internacionais que estão contra o projeto. "Quem já destruiu o seu [meio ambiente] não precisa vir aqui dar palpite no nosso", afirmou, durante discurso na abertura do 21° Congresso Brasileiro do Aço, ontem, em São Paulo. "Ninguém tem mais preocupação de cuidar da Amazônia e dos nossos índios do que nós", disse Lula - FSP, 15/4, Dinheiro, p.B5; OESP, 15/4, Economia, p.B1.

Monte de riscos


"O espantoso no leilão da hidrelétrica de Belo Monte é que as dúvidas e incertezas estão em todos os pontos. Os fundos de pensão, que estão sendo empurrados para participar, acham que o retorno não garante nem suas obrigações atuariais. As empresas estão pressionando por mudanças na engenharia financeira. Há uma enorme incerteza geológica. A escavação será feita num terreno que não foi suficientemente estudado. Pode-se recorrer da liminar que suspendeu o leilão, mas não dá para tapar com a peneira os enormes riscos de todos os tipos que essa obra representa. O Ministério Público invoca o princípio da precaução e diz que com tamanha incerteza é preferível interromper o processo, responder às dúvidas, antes de se fazer o leilão. Faltam três dias úteis para o leilão e as incertezas são insanáveis", coluna de Míriam Leitão - O Globo, 15/4, Panorama Econômico, p.26.

Belo Monte


"É acintosa a decisão do governo de ignorar os próprios pareceres técnicos contrários à obra. A sociedade civil não pode ser acusada de se furtar aos debates. Desde a década de 1980, elaboramos pesquisas e estudos técnicos, antropológicos, jurídicos e econômicos, com apoio de cientistas do Brasil e do exterior, que embasam nosso posicionamento. Inúmeras vezes buscamos o diálogo com o governo, sendo solenemente ignorados. Quanto a Cameron, acreditamos que a opinião pública deva ser confrontada com os aspectos emocionais que tocam os que se assustam e se comovem com a brutalidade do projeto de Belo Monte, sejam índios, sejam celebridades internacionais. A sensibilidade, por vezes, cumpre importante papel quando a razão se põe surda e muda", carta de Antonia Melo e Renata Pinheiro sobre artigo de Marcelo Leite publicado ontem - FSP, 15/4, Opinião, p.A3.

A líder indígena Sheila Juruna e o diretor do filme Avatar, James Cameron, durante entrevista coletiva em apoio à manifestação contra a construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA)
Save the planet!

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