21.4.10

encaminhando...pelo fim da ditadura lulista no brasil

Olá a todos,
Estamos em um período extremamente importante para a definição do futuro de, no mínimo, um dos maiores e mais importantes rios da Bacia Amazônica e de toda sua sociobiodiversidade. Solicito o apoio de todos na divulgação das informações que só agora estão chegando à população brasileira, já que, até então, a discussão dos problemas relacionados ao Aproveitamento Hidroelétrico de Belo Monte praticamente se restringiam ao setor acadêmico, a algumas organizações não governamentais e aos indígenas e ribeirinhos que seriam diretamente afetados por este megaprojeto.


Nesta última quarta feira um Juiz Federal de Altamira acatou uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, através de uma medida liminar, suspendendo a licença prévia de Belo Monte e cancelando o leilão, marcado para a próxima terça feira (20/04). Porém, hoje o TRF suspendeu essa liminar e a Agência Nacional de Energia Elétrica manteve a data do leilão para o dia 20/04.
Frente a isso, para os que não estão acompanhando os vais e vens deste velho projeto, sugiro que assistam aos dois debates recentes sobre essa hidroelétrica e sobre a questão energética no Brasil (vide endereços eletrônicos, abaixo).


O primeiro é o do programa Espaço Aberto, com a participação de Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética e Carlos Vainer, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ e o segundo é o do Globo News, com a participação de Pedro Bignelli, Diretor de Licenciamento do IBAMA, Ubiratan Cazetta, procurador do Ministério Público Federal – PA, Raul Silva Telles do Valle, advogado do Instituto Socioambiental, Carlos Schaeffer, professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ e Marquinhos Mota, representante do Movimento Xingu Vivo para Sempre e da Rede FAOR.
Precisamos mobilizar a população brasileira para que não nos deixemos enganar novamente pelo governo e pelas empresas interessadas neste mega-projeto com argumentos baratos como o de que de precisamos de Belo Monte para não termos novamente um apagão.


Conto com a ajuda de todos vocês para divulgar essa luta para o maior número de pessoas possível. Está tudo muito em cima da hora, mas imagino que ocorrerão mobilizações em praticamente todas as grandes cidades do Brasil.


Abraços,
Adriano Jerozolimski
Associação Floresta Protegida – Mebengokré/Kayapó
Saiba mais
Debate do Programa Espaço Aberto


Debate do Programa Globo News

Save the planet!

16.4.10

Campanha declarada pelo fim da ditatura lulista no Brasil

Manchetes socioambientais, do ISA, sobre a estúpida construção da hidrelétrica de Belo Monte.
Como tenho afirmado em meu twitter (karinamiotto)...
LULA: OUT!
O único e verdadeiro interesse de Lula na criação desta hidrelétrica cujas consequências são comprovadamente catastróficas é continuar no poder através da eleição de Dilma.
Portanto, LULA: FORA!
Campanha declarada pelo fim da ditatura lulista no Brasil.
Seguem as notícias.

*
UHE Belo Monte


Justiça suspende leilão de Belo Monte


O juiz da Vara Federal de Altamira, Antonio Carlos Almeida Campelo, determinou ontem a suspensão da licença prévia da Hidrelétrica de Belo Monte e também o cancelamento do leilão, marcado para terça-feira, 20 de abril, para escolher as empresas responsáveis pela obra. A Advocacia-Geral da União (AGU) já informou que vai recorrer da decisão. Segundo Campelo, que concedeu liminar em antecipação de tutela em duas ações civis públicas impetradas por seis procuradores da República no Pará, "há perigo de dano irreparável" na licitação. No despacho, o juiz diz ter sido provado, de forma inequívoca, que a obra "explorará potencial de energia hidráulica em áreas ocupadas por indígenas que serão diretamente afetadas pela construção do projeto" - OESP, 15/4, Economia, p.B1; FSP, 15/4, Dinheiro, p.B5; O Globo, 15/4, Economia, p.29.

BNDES vai financiar 70% de Belo Monte


O BNDES deve financiar diretamente 70% da Hidrelétrica de Belo Monte, orçada pelo governo em R$ 19 bilhões. O banco assumirá o risco por R$ 13,5 bilhões do investimento, o limite máximo permitido para empréstimo a um único projeto, de acordo com seu atual patrimônio de referência. O BNDES marcou para hoje a divulgação das condições do financiamento do projeto. O maior diferencial será uma linha inédita para a aquisição dos equipamentos pesados, que representam um custo entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões, de acordo com cálculos do banco. A aquisição dos bens de capital será feita com taxas do Programa de Sustentação do Investimento que reduz os juros à metade. O prazo de pagamento foi fixado entre 25 e 30 anos, três vezes mais do que o período máximo já delimitado pelo banco até hoje (dez anos) - OESP, 15/4, Economia, p.B3.

Leilão terá dois consórcios, diz Eletrobrás


O governo garantiu ontem a participação de dois consórcios no leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Para assegurar a disputa, o Palácio do Planalto teve de acionar os fundos de pensão das estatais e incluir, em cada um dos grupos, empresas do sistema Eletrobrás. Segundo Valter Cardeal, diretor da Eletrobrás, os nomes dos integrantes dos consórcios só poderão ser divulgados depois que for cassada, como espera o governo, a liminar emitida ontem suspendendo o leilão. Cardeal confirmou que os fundos de pensão estarão presentes nos consórcios, que contarão também com a participação de grandes construtoras e autoprodutores de energia, além das subsidiárias do grupo estatal. Até ontem, só o consórcio liderado pela Andrade Gutierrez havia sido constituído - OESP, 15/4, Economia, p.B3; FSP, 15/4, Dinheiro, p.B5.

Lula critica ONGs internacionais que vêm dar palpites


O presidente Lula saiu em defesa ontem da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte e criticou ONGs internacionais que estão contra o projeto. "Quem já destruiu o seu [meio ambiente] não precisa vir aqui dar palpite no nosso", afirmou, durante discurso na abertura do 21° Congresso Brasileiro do Aço, ontem, em São Paulo. "Ninguém tem mais preocupação de cuidar da Amazônia e dos nossos índios do que nós", disse Lula - FSP, 15/4, Dinheiro, p.B5; OESP, 15/4, Economia, p.B1.

Monte de riscos


"O espantoso no leilão da hidrelétrica de Belo Monte é que as dúvidas e incertezas estão em todos os pontos. Os fundos de pensão, que estão sendo empurrados para participar, acham que o retorno não garante nem suas obrigações atuariais. As empresas estão pressionando por mudanças na engenharia financeira. Há uma enorme incerteza geológica. A escavação será feita num terreno que não foi suficientemente estudado. Pode-se recorrer da liminar que suspendeu o leilão, mas não dá para tapar com a peneira os enormes riscos de todos os tipos que essa obra representa. O Ministério Público invoca o princípio da precaução e diz que com tamanha incerteza é preferível interromper o processo, responder às dúvidas, antes de se fazer o leilão. Faltam três dias úteis para o leilão e as incertezas são insanáveis", coluna de Míriam Leitão - O Globo, 15/4, Panorama Econômico, p.26.

Belo Monte


"É acintosa a decisão do governo de ignorar os próprios pareceres técnicos contrários à obra. A sociedade civil não pode ser acusada de se furtar aos debates. Desde a década de 1980, elaboramos pesquisas e estudos técnicos, antropológicos, jurídicos e econômicos, com apoio de cientistas do Brasil e do exterior, que embasam nosso posicionamento. Inúmeras vezes buscamos o diálogo com o governo, sendo solenemente ignorados. Quanto a Cameron, acreditamos que a opinião pública deva ser confrontada com os aspectos emocionais que tocam os que se assustam e se comovem com a brutalidade do projeto de Belo Monte, sejam índios, sejam celebridades internacionais. A sensibilidade, por vezes, cumpre importante papel quando a razão se põe surda e muda", carta de Antonia Melo e Renata Pinheiro sobre artigo de Marcelo Leite publicado ontem - FSP, 15/4, Opinião, p.A3.

A líder indígena Sheila Juruna e o diretor do filme Avatar, James Cameron, durante entrevista coletiva em apoio à manifestação contra a construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu (PA)
Save the planet!

8.4.10

preciso me explicar pra você -eis que...

Olá a todos,
Dei uma sumida, mas por uma razão que faz encher meu coração de alegria e esperança. Antes que isso fique piegas, vou me explicar pra você.
É que, depois de um tempo morando em Sampa, fui novamente recrutada para trabalhar na Amazônia. Não em Manaus, mas em Belém, no Instituto Peabiru, uma OSCIP encabeçada por João Meirelles Filho.
O Peabiru atua com projetos voltados à sustentabilidade em comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas de várias regiões da Amazônia. João por sua vez é, na minha modesta opinião, um grande conhecedor destas terras, além de um exímio escritor sobre a Amazônia. Escrevi sobre ele para a revista Vida Simples do mês passado. O crédito está errado, mas mais do que ver meu nome completo, vale o que vc vai ler.
Estou feliz por estar mais uma vez trabalhando pela gigante Amazônia e novamente à serviço da igualdade, do fim do desmatamento, da sustentabilidade, por uma floresta mais segura, mais justa e mais equilibrada para todos desta e das próximas gerações.
Gostaria de compartilhar isso com vocês.
Aproveito para te fazer algumas perguntas:
O que você gostaria de saber sobre a Amazônia?
Tem vontade de conhecer este lugar? Por que sim e por que não?
Enfim, vamos bater um papo sobre a floresta que faz a chuva cair sobre nossas cabeças - de norte a sul do Brasil.

Para se entreter mais:
Nota sobre João Meirelles Filho para a revista Vida Simples

Instituto Peabiru

Post "obrigada por seu carinho"

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