18.10.09

espiritismo e ecologia de mãos dadas


Fiquei de cara quando soube que o jornalista André Trigueiro lançou, em setembro, um livro que mescla espiritualidade e meio ambiente. "Espiritismo e Ecologia" é o título da obra que arrancou um sorriso do meu rosto. Porque sou espírita, ambientalista e também porque esse livro é para quem quer abrir a mente e o coração - com o uso da razão, veja bem.

Escrever um livro desses é uma idéia pra lá de sábia e original, ao mesmo tempo em que óbvia para quem vê além: estamos todos conectados. Plantas, minerais, animais, terra, fogo, ar e água, eu e você. Somos parte de um todo muito maior do que imaginamos.

Esta obra veio a calhar. Para os que já perceberam essas conexões com o além, um motivo de alegria e entusiasmo. Para os céticos e aqueles que estão na dúvida, um intrigante desafio ao raciocínio lógico.

"Se a ciência ecológica oferece um amplo espectro de observação, interligando sistemas que variam do micro ao macrocosmo, o Espiritismo desdobra esse olhar na direção do plano invisível, alargando enormemente o campo de investigação", revela o autor. Segundo Trigueiro, "são tantas as afinidades que certas obras espíritas poderiam perfeitamente embasar alguns postulados ecológicos".

É isso aí, Trigueiro.

Save the planet!

10.10.09

Katrina surgiu de fenômenos na Amazônia


Segundo Niro Higuchi, do Inpa, furacão que matou milhares de pessoas em Nova Orleans, nos EUA, foi resultado de fenômenos ocorridos na região amazônica.
Por Daniel Jordano

O fucarão ‘Katrina’, que causou milhares de mortes na região Sul dos EUA, em 2005, foi resultado de uma série de fenômenos climáticos registrados na região amazônica. A afirmação é do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Niro Higuchi, que ministrou palestra nesta quinta-feira (8) no segundo dia da Cúpula Amazônica de Governos Locais.

“O extremos deste ano não são piores que os extremos de 2005. O fenômeno dos temporais está relacionado com furacão Katrinha. Tivemos o excesso de evaporação aqui na Amazônia, depois o excesso de chuva e maior evaporação no oceano. Para onde foram todos esses vapores? Para Nova Orleans”, afirmou o pesquisador.

Segundo ele, tais fatores não estão isolados. Higuchi lembrou da seca de 2005 e dos fortes temporais que atingiram o estados do Acre, Rondônia, Amazonas e Amapá no ano seguinte, além da grande cheia deste ano vivida pelos amazonenses – o que, para ele, reflete as alterações no clima em escala global.

Redução de desmatamento
O cientista ressaltou a necessidade de se reduzir o desmatamento na Amazônia para que a região não colabore e nem seja vítima das mudanças climáticas. “A intenção é saber qual é o papel da Amazônia nas mudanças climáticas e como elas podem afetar a região”, disse.

O pesquisador revelou que os desmatamentos na floresta amazônica são responsáveis por aproximadamente 80% da emissão de gases do efeito estufa lançados pelo Brasil na atmosfera.

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Higuchi destacou a importância da preservação da floresta como fator de equilíbrio climático em regiões do país que tem como principal atividade econômica a produção de alimentos. “44% das chuvas ocorridas na Amazônia vão para as regiões Sul e Sudeste”, destacou.

Lançamento da Carta Manaus
Na ocasião dos debates foi lançado o livro "Governos Locais e as Questões Climáticas Globais", escrito pelo pesquisador Niro Higuchi em colaboração de outros pesquisadores do Inpa. A obra vai servir de base técnica-científica para a elaboração da Carta Manaus, que deve conter as propostas discutidas durante o evento.

A Carta vai ser entregue pelo Governo Brasileiro na Conferência das partes (COP 15), durante a Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontece em Copenhagen, na Dinamarca, em dezembro deste ano. Os debates vão resultar na revisão do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012 e que jamais contou com assinatura de países como os EUA.

Iniciativa
Niro Higuch destacou ainda a iniciativa do Governo Brasileiro em promover as discussões sobre as mudanças climáticas e reafirmou a importância de manter a floresta em pé. “A biodiversidade é a verdadeira riqueza deste país. Se diminuirmos o desmatamento e a emissão de gases do efeito estufa, estaremos preservando essa riqueza para as futuras gerações”, afirmou.
Save the planet!