15.9.09

ações bacanas e viva o dia sem carro!

Hanauma Bay, Hawaii
O Greenpeace organiza, entre 14 e 22 de setembro, uma semana de mobilização pelo clima. Nesse período, oito capitais brasileiras (São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Manaus e Recife) recebem uma série de eventos para lembrar a população de que o aquecimento global é uma realidade e que, para evitar seus piores efeitos, é preciso agir agora.

O período foi escolhido porque coincide com a abertura da 64ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, no dia 15, e com as discussões de alto escalão que se seguem na próxima semana, quando as mudanças climáticas estarão em pauta.

LIMPEZA DE PRAIAS
Dia 19 de setembro (sábado)
A organização participa do Dia Mundial de Limpeza de Praias, em parceria com organizações locais. Oceanos saudáveis cumprem seu papel como regulador climático. Por isso, esta ação tem o apoio do Eco-Repórter-Eco.

Prais que ficarão mais limpas:

Santos, Praia do Sonho (Itanhaém), Salvador (Porto da Barra), Rio de Janeiro (Barra da Tijuca e Copacabana) e Recife.
*
22 de setembro é o dia mundial sem carro
Pelo menos por um dia, utilize um meio de transporte que não polua o meio ambiente - ou que polua menos. Vale patins, skate, ônibus, metrô, bicicleta...

Save the planet!

13.9.09

aquecimento global: não vê quem não quer *


* por Carlos Rittl, especialista em questões climáticas

Ainda há os que neguem, os que duvidem e os que acham aquecimento global uma grande bobagem. Mas há muita gente que acredite nisso, que considere este fator o maior desafio ambiental e de desenvolvimeto deste século. Eu estou entre eles e, por esta razão, estou trabalhando com o tema. Alguns fatos abaixo.

O próprio Governo Bush, que durante anos financiou pesquisas para provar que o aquecimento global era provocado por ciclos naturais e manter suas políticas favorecendo o imenso lobby do petróleo que existe nos Estados Unidos reconheceu, em 2005 ,que as mudanças climáticas eram conseqüência de atividades humanas. Antes do último relatório do IPCC, lançado em 2007, afirmava de forma categórica que as mudanças climáticas são provocadas pelo aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.

O IPCC - Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas - não é exatamente um grupo fechado. São 1500 cientistas, de várias especialidades, do mundo inteiro. Isso não representa extamante um clube hermético, alheio à diversidade de opiniões. Neste seleto grupo, há pelo menos 12 cientistas brasileiros como autores principais de algum dos temas de um dos grupos de trabalho do Painel, incluindo cientistas do INPA, INPE, USP, UFRJ, EMBRAPA, UNICAMP, FIOCRUZ, dentre outros.

Todos os cientistas autores principais ou co-autores são conhecidos, têm seus nomes citados como colaboradores dos relatórios, além de sua filiação institucional. Além disso, também compõem o IPCC representantes de todos os governos que fazem parte das Nações Unidas ou da Organização Meteorológica Mundial. Seus relatórios de avaliação são construídos a partir do último conhecimento sobre os temas, ao longo de um processo cuidadoso de consulta e redação que leva vários anos.

O último relatório demorou 6 anos para ser aprovado pelo painel por consenso. E antes de publicados, os relatórios são abertos para consulta e revisão de cientistas do mundo inteiro. O cadastramento é livre. Eu recebi um dos volumes do último relatório do IPCC, publicado em 2007, ainda em 2006, após cadastramento no processo de revisão. Outros nesta lista poderão fazer o mesmo na edição do próximo relatório (AR5), caso tenham questionamento sobre seu conteúdo.

Alguns dados. Hoje em dia morrem por ano mais de 300,000 pessoas por conseqüência de eventos climáticos extremos em todo o mundo. E 300 milhões são afetadas por estes eventos. Isto não foi o IPCC quem disse. São dados mundiais organizados em relatório do Global Humanitarian Forum, cujo presidente é o Ex-Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Anan. As projeções são de que até 2030, cerca de 500 mil pessoas morram por ano, por conta da intensificação e maior freqüência destes eventos.

O relatório Stern, publicado em 2006, mostrou que as mudanças climáticas poderiam provocar uma perda de 20% do PIB mundial em algumas décadas. Eu considero estes dados no mínimo capazes de provocar alguma reflexão sobre de que dimensão de problema estamos falando, mas não são apenas órganizações que tratam de questões humanitárias que se preocupam com o tema. O setor privado também se preocupa. As seguradoras são um exemplo disso. A partir de 2005, com perdas estimadas em US$ 60 bilhões, começaram a contabilizar as mudanças climáticas, desenvolver estudos e orientar seus negócios e produtos a partir de cenários de mudanças climáticas.

Em 2009, estima-se que o Brasil tenha prejuízos de R$ 50 bilhões por causa de extremos climáticos, como os observados no sul, norte e nordeste. São apenas alguns fatos e números. Podem não convencer os céticos, mas há muita gente convicta de que o problema é sério e que devemos, cada um de nós, fazer algo a respeito. Eu estou nesta lista.

Save the planet!

2.9.09

marina silva - yes, we can! - part II


Artigos interessantes que encontrei por aí:


Quando achar mais, publico.
Vamos refletir sobre isso.
Seria de fato algo bem inusitado na história do Brasil ter Marina como presidente.
Pelo menos eu, Karina, dormiria mais sossegada em relação a políticas torpes voltadas à Amazônia que hoje tiram meu sono.
Você votaria na Marina?
Save the planet!

empresas e seus compromissos pelo clima *


O Fórum Amazônia Sustentável, Vale, Instituto Ethos, Jornal Valor Econômico e Globonews lideraram o seminário “Brasil e as Mudanças Climáticas: Oportunidades para uma Economia de Baixo Carbono”, realizado no dia 25 de agosto em São Paulo. O evento reuniu empresários, governo e ONGs para um debate sobre as perspectivas do setor produtivo nacional ante o desafio de estabelecer no país uma economia com menos emissão de gases do efeito estufa que causam o aquecimento global.

Líderes de entidades e empresas debateram compromissos e propostas do Brasil para as discussões da Conferência de Copenhague, em dezembro. Na ocasião, o setor privado lançou uma Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas, onde empresas signatárias se comprometem a realizar inventários de emissões de gases poluentes e criar mecanismos para orientar o desenvolvimento na perspectiva de uma economia de baixo carbono.
O documento também cobra do governo federal o estabelecimento de metas internas de redução de gases estufa e a implementação de políticas públicas para as mudanças climáticas. Entre elas, a publicação de estimativas anuais de emissões capazes de orientar a sociedade na redução dos gases nocivos ao clima e agilidade nos processos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para facilitar o ingresso de tecnologias limpas no país.

No campo internacional, os líderes pedem que o Brasil retome seu papel de liderança nas negociações de dezembro, em Copenhague, durante a Conferência do Clima – COP 15. Um dos quesitos citados no documento refere-se ao mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação – REDD. O mecanismo prevê recursos para quem reduzir o desmatamento ou ajudar a preservar a floresta com iniciativas de conservação e uso sustentável.

O presidente do Ethos, Ricardo Young, afirmou que "a visão da sociedade está mudando e vem exigindo mais responsabilidade social dos empresários, principalmente na questão das mudanças climáticas”. Para ele, as empresas precisam enquadrar-se no novo modelo econômico que se desenha a partir do cenário climático mundial. Para Young, as mudanças climáticas são um desafio, mas também uma oportunidade de negócios. “Aqueles que agirem de maneira a proteger os recursos naturais e amenizar o aquecimento global estarão anos-luz à frente no mercado”. Para o diretor presidente da Vale, Roger Agnelli, as empresas que não tiverem preocupação ambiental serão cobradas. “Elas terão de pagar essa conta mais à frente”, disse.

“Carta histórica”
Para Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon e membro da Comissão Executiva do Fórum Amazônia Sustentável, o compromisso do setor privado influi de modo decisivo na diplomacia brasileira em relação ao posicionamento do Brasil na COP 15.

“Trata-se de uma carta histórica”, afirmou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou do seminário e prometeu que o Brasil levará para Copenhague metas claras de redução interna em suas emissões.

O embaixador Luiz Figueiredo Machado – principal negociador brasileiro para a discussão das mudanças climáticas na ONU – disse que a atual crise climática requer uma resposta imediata não apenas do Brasil, mas de todo o mundo. Para ele, o processo de revisão mundial sobre os padrões de sustentabilidade está apenas começando.

Apesar do otimismo, o líder do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Rubens Gomes, disse que as mudanças são necessárias para um novo modelo de desenvolvimento com base sustentável, mas que, entre firmar compromisso público e implementar as mudanças, há um grande caminho a percorrer. Para Rubens, a emergência da questão climática requer medidas concretas e a sociedade precisa acompanhar os compromissos assumidos.
*Fórum Amazônia Sustentável
Save the planet!