4.2.09

los gatos y nosotros: deixemos o preconceito pra lá

Esta é a Mafalda, carinhosamente chamada por mim de "Magarfield", pois é gorducha, figura e mal humorada. Fotos de Fernanda Preto

Hoje, conversando com uma amiga, a Carlota, me deparei com um tipo de preconceito que arruina a reputação dos gatos. "Quem falou que este animal é traiçoeiro? Quem nunca criou gato?", ela tascou. E não é que isso pode ser verdade?

Não conheço teses científicas que afirmem isso ou o contrário, mas essa conversa de hoje de manhã me inspirou a escrever este post. Eu mesma não sou chegada a gatos - desde os meus 5 anos, quando um gatinho branco que ganhei do meu pai teve um chilique no meu colo e me arranhou os dois braços.

Na época fiquei magoada e me senti traída por aquele que considerava o meu melhor amigo - perfeitamente compreensível. No entanto, hoje me pergunto se ele não estaria enjoado de tanto ficar no meu colo, com dor de barriga, se não tomou um susto, vai saber. A Carlota, que a vida inteira tem convivido com gatos, garante que não era raiva de mim.

Atualmente estou hospedada na casa dela. Eu e seus bichanos não somos amigos chegados, mas nos tratamos com o devido respeito. Outro dia, enquanto tomava um banho de chuva no jardim, a Filomena, gata cinza mais conhecida como Filó, me seguiu e ficou me observando de longe, fazendo companhia - mas sem se molhar. A Magarfield é na dela total e a gente só consegue fazer carinho se ela deixar. Respeito o limite dela porque não estou afim de ser arranhada de novo. Claro, devo dizer que ela é mal humorada porque já foi muito maltratada enquanto era pequena, as cicatrizes aparecem em seu corpo. Todos temos um passado que nos marca e define nossa personalidade, incluindo os animais.

Aos poucos, vou me reaproximando dos felinos.

Esta é a Filó.

Save the planet!

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