26.8.08

a verdadeira face de Minc: dendê na amazonia!


Esta carta foi escrita pelas principais ONG's com atuação na Amazônia, em protesto a uma decisão descabida e absurda do pseudo Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e Reinhold Stephanes, da Agricultura.

Eles firmaram um acordo no qual a compensação ambiental em áreas degradadas na Amazônia poderá ser feita com o plantio de espécies exóticas (como, claro, o dendê). O acordo beneficia os ruralistas, o desmatamento, a posição "desenvolvimentista" e míope do governo Lula e a produção de biocombustível.

Eis a carta, na íntegra.
O Eco-Repórter-Eco concorda com a carta abaixo e a Karina Miotto também. Aliás, ela está indignada. Como muitos outros brasileiros.

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No dois pra lá, dois prá cá, quem dança é a floresta

Contrariando seu discurso de posse, quando afirmou que o Presidente Lula não permitiria a redução da Reserva Legal na Amazônia, o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou acordo com o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para possibilitar que os produtores rurais possam fazer a recuperação da reserva legal com espécies exóticas. Isso significa na prática a redução da reserva legal de 80% para 50% na Amazônia, pois monoculturas de espécies exóticas não cumprem a função ecológica prevista no Código Florestal.

A proposta é a mesma do projeto de lei 6424/05, conhecido como Floresta Zero, de autoria do Senador Flexa Ribeiro, por permitir bacias hidrográficas sem cobertura florestal. A possibilidade de compensação de reserva legal em outra bacia hidrográfica desestimula a recuperação de áreas degradadas e mantém o cenário de desequilíbrio ambiental promovido pelos desmatamentos.

Consideramos fundamental que qualquer discussão ou negociação em torno do Código Florestal seja feita de forma transparente e com participação da sociedade civil e da comunidade científica. Esse debate precisa levar em conta os demais biomas brasileiros, igualmente importantes.

Aprimorar o Código Florestal, na lógica de otimizar o uso de áreas desmatadas e impedir novos desmatamentos é uma perspectiva positiva do ponto de vista socioambiental. Para tanto, é fundamental que as mudanças consolidem um entendimento comum de valorização da floresta.

As entidades abaixo assinadas reconhecem que é indispensável para o País promover o desenvolvimento econômico sustentável e a geração de empregos. Combinar esses fatores à conservação e recuperação dos recursos naturais, garantindo a integridade dos ecossistemas é nosso desafio.

A crise climática global e o papel dos desmatamentos na emissão de gases de efeito estufa exigem uma postura enérgica de controle dos desmatamentos e manutenção dos ativos florestais existentes no País. Recente estudo divulgado pela Embrapa sobre “Aquecimento global e a nova geografia da produção agrícola no Brasil” demonstra que o aquecimento global deve alterar profundamente a configuração da agricultura no Brasil e provocar perdas de R$ 7 bilhões.

Infelizmente, no governo Lula, vale a máxima de Schelling: “não existe absurdo que não encontre o seu porta-voz”.

Amigos da Terra – Amazônia Brasileira

Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida - Apremavi

Conservação Internacional - CI

Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento - FORMAD

Instituto Centro de Vida - ICV

Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - IPAM

Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia - IMAZON

Instituto Socioambiental - ISA

Greenpeace

Grupo de Trabalho da Amazônia – GTA

Vitae Civilis

Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz

WWF Brasil
Fórum Carajás

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Save the planet!

12.8.08

INACREDITÁVEL, SR. PRESIDENTE


Lula, que infelizmente é presidente do Brasil, sancionou uma lei estúpida que amplia o limite de 500 para 1.500 hectares de Amazônia Legal que podem ser derrubados e legalizados. Falando às claras, ele legalizou a grilagem na floresta amazônica.
Como se já não bastassem os números catastróficos do crescimento do desmatamento divulgados recentemente, ao invés de conter a destruição, Lula aprova lei que a ampliará. Ponto para arrozeiros, sojeiros, fazendeiros. Ponto para a destruição, a perda de biodiversidade, a violência e a corrupção. Para quem não sabe, entre agosto de 2007 e junho de 2008, o Deter registrou 7.823 km² de desmatamento, comparado a 3.949 km² no período de 2006 a 2007 - o que corresponde a um aumento de 98%.
Diante disso, ohhhhh como o Lula se preocupa com o meio ambiente! O Lula joga dos dois lados. É "duas caras", como diria a avó de um amigo meu. Olha para sojeiros, para o biocombustível, para quem está interessado no suposto "desenvolvimento" do Brasil no congresso e no meio empresarial, sorri e aprova leis absurdas como essa ao mesmo tempo em que gosta de posar de bom moço para ambientalistas, sociedade civil e estrangeiros, afirmando "a amazônia é nossa". Outro dia mesmo criou o Fundo Amazônia, que começará com um limite de doações de US$ 1 bilhão para o primeiro ano de vigência. O fundo será composto por doações de outros países. O valor inicial cogitado pela Noruega é de US$ 100 milhões. Lula afirma que, por uma "questão de soberania", os doadores do fundo não palpitarão sobre a utilização dos recursos. Além disso, afirmou que o Brasil vai "falar grosso" para defender sua soberania sobre o território amazônico. Ahã...
Além de palavrinhas ao vento como estas, ele ainda fica batendo o pé que tem competência para cuidar da floresta e assinando criações de reservas indígenas como a Raposa Serra do Sol mais para parecer super bacana, na linha do populismo de Getúlio Vargas, do que para efetivamente ajudar o povo indígena. Sim, porque existem milhares de indígenas passando fome, sem terra demarcada, sem escolas e com índice elevado de mortalidade infantil no Brasil.
A política desenvolvimentista da década de 70, que propagava o slogan infeliz "uma terra sem gente para uma gente sem terra", incentivou a ida de fazendeiros para a Amazônia e foi o marco inicial da destruição que começou e não parou mais. Agora, com essa lei, a destruição pode acelerar.
Desmatamento na Amazônia significa:
perda de biodiversidade
perda de plantas que poderiam trazer a cura para milhares de doenças
perda do mais importante ar condicionado deste planeta, ainda mais em tempos de aquecimento global
perda da floresta que regula ciclo de chuvas no Sul, Sudeste do Brasil e demais áreas da América do Sul
perda da beleza e de um dos maiores potenciais turísticos que o Brasil tem
perda da cultura tradicional de indígenas e comunidades ribeirinhas
perda da cultura brasileira

perda de pessoas
Lula, você é uma piada, cara.
Aliás, o Brasil é uma piada.
Save the planet!

8.8.08

vamos ajudar os oceanos?

Ei, leitores e leitoras!
Hoje recebi um e-mail super legal da Leandra Gonçalves, coordeandora da Campanha de Oceanos do Greenpeace Brasil.
Ela nos convida a participar de uma ação pela preservação de nossos oceanos.
Antes de falar mais sobre o super evento que vai acontecer no próximo sábado (16/08) em São Paulo, preciso abrir um parênteses para dizer que a Leandra passou longos dias no navio Esperanza, do Greenpeace, seguindo caçadores de baleias. Pra fazer isso é preciso ter, no mínimo, muita coragem.
Como será que é arriscar a própria integridade física em nome de um bem para o nosso planeta e para toda a humanidade? Pois é. Obrigada Leandra e toda a equipe do Greenpeace.
Agora vamos ao evento.
Como muitos sabem e como muitos não sabem, infelizmente a saúde de nossos oceanos está cada vez mais fragilizada. Só para citar alguns porquês, além da falta de governança, toneladas de combustível e lixo são despejados dia a dia em nossos mares, isso sem falar na caça indiscriminada de inúmeros animais.
Quem comparecer ao parque neste sábado vai integrar a equipe de seres humanos que são a voz para aqueles que não tem voz. Ou, como me ensinou Agnes Pilgrim, líder espiritual nativa americana, "we need to be the voice for the voiceless".
Seja um representante das águas, fale pelas baleias, represente nossos mares, dê voz aos que, em nossa sociedade, não tem voz! Vá ao parque, vista uma camisa azul, converse com os voluntários da organização, conheça pessoas com os mesmos ideais, junte forças! Ajude na conscientização, pressione as autoridades. É tão fácil, é simples....e o resultado? Bem, ele pode ser bem mais complexo e positivo do que a gente imagina.
O que? Campanha Entre Nessa Onda, do Greenpeace. Pela defesa de nossos oceanos.
Quando? Sabadão, dia 16 de agosto, às 9h da manhã
Onde? Ao lado da concha acústica do Parque Villa-Lobos, em Pinheiros, Sampa
Save the planet!