24.9.07

falar "500 anos atrás" me parece tão atual!

O que acontecia no Brasil há séculos é mais atual do que imaginamos. Em um dos países que mais se desenvolvem no mundo, tribos indígenas inteiras ainda são massacradas sem que nada seja feito. Tão absurdo quanto o genocídio de pessoas inocentes movido por motivos torpes como grana e poder, é saber que no Brasil, país do biocombustível, do samba e do futebol, ainda existe escravidão, apesar da abolição da escravatura assinada pela princesa Isabel em 1888.
E mais de um século depois, entre 2003 e 2006, a Amazônia registra 85% do trabalho escravo existente no país, sem contar os casos que nem foram catalogados. E escravidão não significa apenas a não-liberdade, mas a morte gradual, aos poucos, torturante, humilhante. Patrões impiedosos e com ganância até o talo iludem pessoas de diversas regiões do país com a promessa de trabalho e boa remuneração na Amazônia. Providenciam a chegada até suas fazendas e a verdade aparece.
Alojados em barracos de lonas, os trabalhadores não contam com infra-estrutura para higiene pessoal, nem com alimentação adequada e água potável, mas podem dispor à vontade de boas ameaças físicas e psicológicas. E endividamento, porque se precisarem de medicamentos ou se quiserem comer um pãozinho com feijão e farofa vão ter que comprá-los a preços de união européia na vendinha do patrão.
Falando nisso, o Ministério do Trabalho e Emprego informou, na sexta-feira, que as operações de fiscalização de denúncia de trabalho escravo foram interrompidas por tempo indeterminado. Clicando aqui, você lê a matéria completa. Que palhaçada é essa?
Deveríamos rever nossos conceitos sobre a palavra DESENVOLVIMENTO.

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Já que falamos em indígenas, uma última novidade: semana passada, Avelino Nunes Macedo, um índio de 25 anos da aldeia Xacriabá, de Miravânia (MG), foi espancado até a morte por três moleques embriagados de classe média, dois deles menores de idade, apenas porque esbarrou em um deles dentro de uma festa.

A justiça promete apurar os fatos. Vale lembrar que, em 20 de abril de 97, um indígena Pataxó foi queimado vivo por cinco filhinhos de papai em Brasília e que, em 2004, a justiça - ela de novo! -concedeu ao bando a tão requerida liberdade condicional.
Eles não são considerados, portanto, uma ameaça à sociedade! Espero que o mesmo não aconteça com os assassinos de Avelino.
Brasil, Brasil...
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Save the planet!

e é por isso que eu amo esses caras!

geleira Aletsch, Alpes Suíços, final de agosto
(crédito: Spencer Tunick)
Frase dos caras para essa campanha:
"Ativistas vestindo nada para políticos que não fazem nada: parem com o aquecimento global agora!"
Bacana, falou tudo. E mostrou tudo também. É isso aí!
Save the planet!

energia nuclear: voto contra!


Mãos deformadas, resultado de acidente nuclear brasileiro ocorrido em Goiânia com o Césio 137, dez anos atrás. Mais de 6 mil pessoas foram atingidas pela radiação. Este garoto é uma delas. Poderia ser eu. Poderia ser você.
(crédito: Greenpeace)
Nosso queridíssimo presidente da república resolveu levar adiante a continuidade da construção da usina nuclear de Angra 3, que vai custar R$ 7 bilhões. O dinheiro do governo vem do nosso bolso e ninguém me perguntou se estou afim de bancar mais essa. Eu não quero que meus impostos parem em cuecas, no bolso no Renan, nas mil viagens presidenciais e quanto mais em usina nuclear!
Energia nuclear MATA.
Você é contra? Eu também sou. Vamos protestar? Vamos fazer a nossa parte? Então clica aqui: Greenpeace e SOS Mata Atlântica. Vamos travar o servidor do planalto.
Save the planet!

incra loves madeireiras que destroem a amazônia

Uma investigação do Greenpeace lançada recentemente mostra que, para aumentar os números da reforma agrária, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) se aliou a associações de assentados e madeireiras. O resultado desta união? Foram criados assentamentos no Pará em região de floresta primária onde historicamente nunca houve presença humana e onde condições de sobrevivência são bem complicadas, pois os locais são de difícil acesso e muitas vezes não contam nem com água por perto. Em troca da madeira, as empresas madeireiras se comprometeram em oferecer escola, igreja e saneamento às famílias - essa responsabilidade deveria ser do Incra.
Nessa aliança suja, quem sai perdendo são as famílias sem-terra. Quem sai ganhando é o Incra, que beeeeeeeem supostamente atinge metas de reforma agrária e os madeireiros, que eeeeeeenchem o bolso ainda mais.
Até agora, a única providência tomada foi o cancelamento de 99 assentamentos irregulares por pedido do Ministério Público Federal em Altamira e Santarém. Ótimo, já é alguma coisa. Enquanto isso, Incra e madeireiros continuam numa boa esperando a pizza chegar.
Save the planet!

13.9.07

"following the vision..."

"Seguindo o caminho". Essa frase ouço bastante de Tim Kovar, um cara de 37 anos, americano, professor de escalada em árvores. Ele não ensina apenas a técnica. Mais do que isso, diz a seus alunos: "tenham raízes, transformem-se em árvores, vejam o mundo de uma perspectiva diferente!".
Ele tem como missão "to touch one more person each day" (tocar mais uma pessoa a cada dia), ou seja, trabalhar para despertar, em todo mundo que ele encontra pela frente, o sentimento de integração, amor e respeito que devemos ter pela Mãe Terra. Seus alunos aprendem a subir em árvores e voltam para casa carregados de reflexões e filosofias.
Tim mora nos Estados Unidos, está vindo para a Amazônia e seguirá viajando o mundo atrás de pessoas e árvores. Precisa seguir adiante. Formar novos professores. Despertar mais consciências. Não importa se com a ajuda de lindas sequóias ou castanheiras.
Para conhecer melhor o trabalho dele, clique aqui.
Save the planet!