19.12.05

"velhas árvores", olavo bilac

Em O Livro das Virtudes, de William J. Bennett, existem vários capítulos sobre virtudes humanas, abordadas direta ou indiretamente em textos de autores do mundo inteiro - de Shakespeare a Aristóteles, de Victor Hugo a Monteiro Lobato. Eis que me deparo com Olavo Bilac, no tópico da compaixão:

Velhas Árvores

Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores mais novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O Homem, a fera, o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:

Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

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Este post foi ilustrado com a maravilhosa figueira centenária de Florianópolis.
Save the planet!

4 comentários:

Anônimo disse...

Se todas as pessoas tivessem a sensibilidade do Bilac e sentissem o quanto as árvores são importantes...o quanto tempos a aprender com elas...com certeza haveria menos gente irritada no mundo - e mais sensibilizada, também. porque árvores passam sabedoria, tranquilidade...elas nascem e no mesmo lugar ficam até a morte - ou até que as matem! têm resignação, força, sobrevivem a tempestades, enfrentam,~dão abrigo a outras vidas, ajudam por amor. Taí: as árvores vivem por amor. Temos muito o que aprender com elas, Bilac tinha toda razão.

Anônimo disse...

pode crer, a fabiana tem razão.

Anônimo disse...

VAMOS PARAR DE DERRUBAR ÁRVORES, PELO AMOR DE DEEEEEEEEEUUUUSSSSS!!!!!!!!!

Anônimo disse...

EU sou ambientalista e adoro esse poema, mas é preciso ter interpretação, ele usa as árvores como uma parábola, na verdade elas representam as pessoas.

Prestem mais atenção na leitura.

Abraço